quarta-feira, 30 de abril de 2014

Lesões na dança



Foto: Reprodução / Google imagens
 
Ao praticar uma atividade física, corremos o risco de lesionar nosso corpo, e na dança não é diferente. Para uma performance adequada o bailarino tem que ter flexibilidade articular, força muscular e um preciso controle do movimento. Durante as comemorações doDia Internacional da Dança, a fisioterapeuta Vanessa Pessoa Navarro deu uma palestra mostrando quais são as lesões mais comuns e como preveni-las.
Iniciando a sua explanação, Vanessa explicou aos participantes do “Aulas Abertas” que os ossos são unidos através de ligamentos e por músculos, sendo que a parte final deles, que se prende aos ossos, é denominada tendão. “Graças aos ligamentos que o ombro, o quadril, o joelho e o tornozelo dão a estabilidade para os músculos produzirem um movimento”, explica.


"[...] É comum não aceitarmos nossas limitações, e muitas vezes forçamos
 o corpo excessivamente. E é nessa hora que aparecem as lesões", explica Vanessa

Segundo a fisioterapeuta, os bailarinos possuem um nível muito alto de exigência corpórea, deixando-os vulneráveis a lesões e dores pelo corpo. “Também faço aulas e sei que a gente sempre quer fazer o movimento certinho. Então é comum não aceitarmos nossas limitações, e muitas vezes forçamos o corpo excessivamente. E é nessa hora que aparecem as lesões”, fala.
De acordo com Vanessa, as lesões mais comuns são: tendinites; a fascite plantar; estiramento ou distensão dos adutores do quadril; as fraturas por estresse de tíbia e metatarsos; o hálux valgus, também conhecido como joanete; e as lesões ligamentares, relacionadas com as entorses do tornozelo e do pé. Esses problemas podem surgir devido ao não aquecimento adequado das estruturas e/ou alongamento excessivo em exercícios para aumentar a amplitude de movimento.

A profissional afirma que os bailarinos devem construir a sua força e flexibilidade de forma lenta e segura, e o aquecimento dos músculos principais do corpo é uma ação importante para prevenir acidentes.  “Aquecer e alongar são coisas extremamente importantes. Para que o aluno evite essas lesões, ele tem que fazer alongamentos. Antes da aula para soltar os músculos e, para compensar os exercícios, depois também”, afirma.


Foto: Reprodução / Flickriver
 
Saber diferenciar a dor de uma simples fadiga ou de uma lesão é essencial para tratar um problema precocemente. Vanessa ressalta que o aluno deve ser capaz de interpretar os sinais que o corpo emite quando algo não vai bem. “É preciso que a gente respeite os limites do nosso corpo. Se durante um simples aquecimento os nossos movimentos são restringidos, há uma dor e ela persiste durante e depois das aulas, é sinal de que algo está errado”, salienta.
Por isso é importante que o aluno desenvolva um trabalho de percepção e conhecimento corporal, reconhecendo suas habilidades. Mesmo que não seja seu objetivo ser um bailarino profissional, fique atento a qualquer indício de lesão e, assim que for identificada, procure avaliação especializada, tornando mais fácil o tratamento.

 

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