quarta-feira, 9 de abril de 2014

O parceiro debaixo dos seus pés


Sala do Centro Cubos de Cultura e Arte. Foto: Acervo Centro Cubos
 
Muitos alunos acham que um dos fatores mais importantes para auxiliar os exercícios é o espelho. Eles esquecem que o piso tem uma grande influência no desempenho dos bailarinos, assim como na prevenção de lesões.
É comum encontrarmos estabelecimentos onde o piso de concreto ou cerâmico está coberto apenas por linóleo, pois as pessoas associam esse material, que impede escorregões, a segurança. Um piso duro causa sérias ondas de choque de retorno e pode levar a lesões ou gasto prematuro da cartilagem, e seus sintomas aparecem através de dores articulares, geralmente depois de alguns anos. O piso ideal para a dança deve ceder um pouco, absorver o impacto de saltos, giros e outros movimentos. Esse é o chamado “piso flutuante”.



Ele leva esse nome por ficar suspenso acima do piso de concreto original, através de vigas de madeira que contam com amortecedores intercalados entre as bases de compensado. A madeira não toca o chão, pois a sua base é feita com as borrachas que são coladas nas pranchas, em distancias calculadas para dar maior firmeza e flexibilidade.
Priorizando a integridade física dos nossos alunos e professores, nossas salas contam com esse tipo de piso que reduz o peso corporal e, consequentemente, ameniza o impacto gerado pelo salto, reduzindo a sobrecarga para as articulações. Além de ser o mais adequado para a prática do balé, jazz e dança contemporânea, o piso flutuante possui espaços vazios entre a cobertura superior e o piso original, o que o torna perfeito para o sapateado, pois ajuda a propagar o som.

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